QUE SUBA O PANO!
(Cena do Auto da Alma, de Gil Vicente, levado à cena pela Contacto.)
Em cada espectáculo que faço
está a minha alma.
É a minha alma.
Em cada espectáculo que faço
está a minha alma.
É a minha alma.
Os actores são a minha alma gémea.
Filhos que abraço.
Tesouros supremos da minha vida.
São eles e as palavras
que ditam a hora do meu almoço
e que marcam a ponto de luz
o percurso das minhas noites...
Oh!
Que extraordinário privilégio o meu
em poder comunicar convosco
através deles
palavras eminentemente reais
que colhi no campo desbravado
das letras e das moradas.
Por eles,
estou disposto a dar a minha vida,
mas não quero morrer por causa do teatro.
E muito menos
em dia de estreia.
Sim, sim, até porque,
na minha vida, o espectáculo
não sou eu.
Que suba o pano!
Tesouros supremos da minha vida.
São eles e as palavras
que ditam a hora do meu almoço
e que marcam a ponto de luz
o percurso das minhas noites...
Oh!
Que extraordinário privilégio o meu
em poder comunicar convosco
através deles
palavras eminentemente reais
que colhi no campo desbravado
das letras e das moradas.
Por eles,
estou disposto a dar a minha vida,
mas não quero morrer por causa do teatro.
E muito menos
em dia de estreia.
Sim, sim, até porque,
na minha vida, o espectáculo
não sou eu.
Que suba o pano!
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