este quase poema
seja um cubo de granito
talhado de carícias.
É hora de navegar sobre as águas
como um casal apaixonado de cisnes.
É hora de contemplar o arco-íris
que o arco das nossas mãos traçaram.
É hora de surpreender os pássaros
que se acoitaram no nosso ninho.
É hora de beber a taça de papoilas bravias
que nos levará ao sítio dos astros.
É hora de amar. Sim, de amar.
Amar o que pudermos amar,
amar até ao lícito sacrifício da pele,
porque só por si a vida
não nos dá o quanto desejamos saber.
Aperto-te de encontro ao meu peito
até que o poema
este quase poema
ganhe asas
e suba à copa dos céus.
Dormes? Tu já dormes?!
Tens de acordar, princesa.
Acorda. Esta hora é minha.
Paguei-a.
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